sábado, 8 de janeiro de 2011

Ceci n'est pas une lettre d'amour

(1/3) - 08/01/11
    Ahh que importa os pares de meia no lugar certo, deixe estar...
Finja que é meu passatempo preferido, como um dominó achando os pares apenas na hora que precisar... Me deixe estar...

Você não sabe quanto pesa um coração viralata de um lobo da estepe que chorou por amor, por errar por amor, e andar pelos caminhos tortuosos que é a sina do lobo... deixe estar... depois da lagrima, eu anseio meu silêncio, ou o seu...

Nessas horas tanto faz de quem é a culta, e se existe... deixe estar...

(2/3) - 10/01/11
    Olho para baixo, essa água já passou dos joelhos... teu silêncio me sufoca.
E nesse meu mundo claustrofóbico, uma fobia por noticias suas...
Arrependo-me das Palavras vomitadas antes no papel...
A água já ultrapassou o pescoço... ARRANQUE-ME DAQUI!!!
(Me) Permitir voltar ao mundo real. Aquele que as pessoas aqui insistem em falar que não existe!

(3/3) - 18/01/11

Correto! Sumir da minha vista, meus ouvidos e de meus poros poderia ser a forma mais barata e injusta (e certa) de se/me fazer esquecer... mas digo novamente que não está funcionando.
Pois ao andar nas ruas sinto o seu perfume e quando trago tentando impregnar seu cheiro de outras pessoas em meus pulmões, só sei suspirar seu nome em seguida...

ESPERAR... o que o tempo injusto faça suas leis (que nos distanciou). Como você diz "Cheio de Futuro, uma jóia futurista"...
Deixe-me seu seu caderno, sua agenda, seu diário... Sei que por enquanto sou apenas um livro na sua estante sonhando ser de cabeceira... escolhi um caderno pelo manejo involuntário que tens com as letras presas no papel (em vez de jogá-las para o (vo) ar).